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Friday, April 23, 2021

Fernando Medina e o caso Sofia Arruda: "Não são as vítimas que têm de se justificar" - Jornal de Notícias

A propósito do caso de assédio tornado público pela atriz Sofia Arruda, autarca de Lisboa defende que se deve encorajar outras mulheres a denunciarem abusos.

A atriz Sofia Arruda despertou a sociedade portuguesa para a questão do assédio quando, no sábado passado, no programa "Alta definição", na SIC, recordou uma situação de que foi alvo. Perante o relato da jovem de 32 anos, que apontou o dedo a "uma pessoa com muito poder dentro de uma estação de televisão, de uma produtora", várias outras figuras públicas saíram em sua defesa, registando mais casos no meio.

Ninguém ficou indiferente à revelação de Sofia Arruda, nem mesmo o presidente da Câmara de Lisboa, Fernanda Medina, que anteontem também se pronunciou sobre o caso no seu espaço de opinião na TVI24. Mais tarde, o autarca, voltou ao tema no Twitter.

"Devemos aplaudir a coragem de Sofia Arruda. Não são as vítimas que têm de se justificar. Proteger os agressores pedindo satisfações às vítimas é uma expressão de atraso de uma sociedade que precisa de evoluir", escreveu. O autarca sublinhou ainda que "devemos comportar-nos coletivamente por forma a que mais mulheres sintam condições para denunciar publicamente os abusos de que são alvo". Na televisão, Medina já tinha reconhecido que "temos tido uma complacência cultural excessiva para com este tipo de casos e este tipo de comportamentos".

Na rede social, em reação, muitos defendem que Sofia Arruda deveria ter "denunciado o canalha", mas Fernando Medina considera que a atriz "não tem de dizer o nome [do agressor], não tinha de ter falado antes e não teve culpa de nada, passando-se a história como ela o descreve". E continuou: "Ela não tem de assumir o papel de mártir da sociedade. Ela tem de falar no seu tempo, no seu modo, da forma como entender. Há de chegar um dia em que os nomes aparecerão, em que a força será maior."

Perante as reações ao seu testemunho sobre os motivos que a afastaram da televisão durante uns anos, Sofia já assumiu que "é impossível ficar indiferente ao eco" que provocou, sabendo que "há várias questões que foram levantadas e a opinião pública quer respostas". "Neste momento, a única coisa que posso dizer é que o assédio hetero e homossexual no meio audiovisual existe, não é uma moda. O que fiz é uma porta de esperança que, sem ter sido propositado, espero ter aberto", declarou, pronta a mudar a história.

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