É um processo de transição que tem vindo a ser preparado há vários anos, e que se prepara agora para ser consolidado em pleno. No rescaldo da morte do duque de Edimburgo, o The Telegraph sublinha o papel crucial que os elementos sénior da família real britânica deverão assumir nesta fase, em particular após o período de luto que será cumprido pelo clã, depois do anúncio da morte do consorte.
Segundo aquele diário, espera-se que os filhos e netos do casal se organizem em redor de Isabel II, naquela que se configura como a efetiva entrada em cena da geração seguinte, um papel de maior relevo que, aliás, alguns deste nomes já têm vindo a exercer desde que o príncipe Philip se afastou oficialmente da vida pública, em agosto de 2017. “Team Windsor”: é este o nome que chegou a ser atribuído a esta equipa familiar, cujo apoio à monarca é mais solicitado do que nunca.
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Caberá a este elenco, composto à cabeça pelo príncipe Carlos e pelo príncipe William, assegurar uma transição pacífica num contexto marcado por uma série de contrariedades recentes, a começar pelo afastamento de algumas figuras, incluindo o príncipe André. Ao global cenário de pandemia, acrescentam-se os ecos virais da entrevista de Harry e Meghan a Oprah Winfrey, num escândalo real que promete estar longe do fim. Se os Sussex, também eles à distância do Reino, marcarão presença no funeral do duque é apenas uma das perguntas cuja resposta estará entre as mais cobiçadas entre os curiosos.
Por enquanto, prevê-se que Isabel II retome a sua agenda depois do esperado período de luto, devendo o príncipe de Gales e herdeiro ao trono ver aumentar a lista de compromissos oficiais, nomeadamente em deslocações fora de portas, algo que já tem vindo a protagonizar.
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É no mesmo sentido que aponta o diário The Times, que recupera a vida de outra monarca histórica. “A questão inevitável é: o que acontecerá agora que o príncipe já cá não está? Irá a rainha recolher-se do olhar do público, tal como a rainha Victoria fez depois da morte do príncipe Albert? Seguirá o seu caminho apesar de tudo? Ou será que Carlos assumirá as suas funções?”, especula o jornal, antecipando que Isabel II “irá cumprir o seu dever até conseguir mas Carlos poderá assumir um papel mais proeminente”.
Quanto às últimas semanas, marcadas pelo agravar do estado de saúde do marido, foi via videochamada que Isabel II, confinada na bolha de Windsor desde que a pandemia rebentou, cumpriu a maior parte do calendário. A sua mais recente aparição data de 31 de março, em Surrey, por ocasião do centenário da Força Aérea Real Australiana, mantendo o sorriso, e o semblante “resolutamente estoico”.
© Getty Images
Foi a primeira vez que a soberana foi vista em público desde dezembro, quando recebeu em Windsor os duques de Cambridge, uma presença que aconteceu quase cinco meses depois da sua última visita, ao lado do neto William, em Porton Down. Foi também a primeira aparição no rescaldo da polémica entrevista de Harry e Meghan que abanou a monarquia britânica.
Aos 94 anos, Isabel II surgiu ainda ao lado do filho Carlos numa foto partilhada pela família real por ocasião da Páscoa. A rainha passou a quadra com a família.
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