Desde que descobriu que Lara é sua irmã que Artur mudou. Inicialmente, não escondeu a alegria mas agora, que já sabe do que ela é capaz, vai deixar de a apoiar. E, ao perceber que foi ela quem tentou envenenar Henrique, o rapaz decide tomar uma atitude.
Assim, marca um encontro com a vilã na loja de eletrodomésticos. “Eu não vou ser cúmplice dos teus crimes”, anuncia ele. Irritada, ela ataca-o: “E o que é que pretendes fazer sobre isso? Vais à polícia? Duvido”. “Eu não estaria tão seguro disso”, insiste o pai de Maria. “Se quisesses ir, nem estaríamos aqui a falar. Tu tens medo pela Maria e com razão, porque agora que ela está lá em casa, perto de mim…”, ameaça Lara, maquiavélica. Artur fica furioso e agarra a irmã: “Deixa a Maria fora disto! Tu não tens limites?!”, questiona. “Não me deixam ter”, diz ela, soltando-se. “É pena que não vejas isso nem sejas capaz de entender aquilo por que passei. Decidi reparar essa injustiça. E não há nada que possas fazer para me impedir. Quando disseste que querias falar comigo, pensei que tivesses caído em ti, mas acho que era esperar demais. Tu és um fraco e vais acabar como todos os fracos. Eu tentei”, frisa. Quando vai para sair, ele agarra-a. Lara ainda se debate, mas ele tapa-lhe a boca com violência com um pano embebido em clorofórmio. Em seguida, com ela desmaiada, deixa-a amarrada a uma cadeira e sai.
Horas depois, Honório entra na loja e depara-se com aquele cenário. Logo trata de tirar a mordaça à noiva de Henrique, perguntando-lhe o que aconteceu. Ela só lhe pede que a desamarre, mas o avô de Maria Rita recusa-se: “Mas o senhor quer ser cúmplice de um sequestro?!”, pergunta ela. “Eu cá não sou cúmplice de nada. Só vinha à procura do Pompeu…”, explica ele. “Já lhe disse que não sei do Pompeu! E ou o senhor me tira já daqui ou eu…”, grita a bandida, quando Artur se aproxima e lhe pergunta o que vai fazer. “Chamas a polícia? Aposto que eles iam gostar de ouvir a história que eu tenho para contar”, lembra. Honório está confuso com tudo aquilo, não percebendo porque é que o rapaz não conta tudo às autoridades, enquanto a vilã se faz de vítima. “Ele não tem provas nenhumas daquilo que afirma! E sabe porquê? Porque eu nunca fiz mal a ninguém!”, refere. “Posso não ter provas, mas sei. Foi ela quem envenenou o Henrique e eu vou fazê-la confessar”, insiste o ex-amante de Vera. “Mas vais fazê-la confessar, como?!”, questiona o idoso. “Mantendo-me aqui, amarrada! O senhor não pode pactuar com uma coisa destas, nem…”
Fora de si, Artur agarra na irmã com violência e grita-lhe: “Tu cala-te! A próxima vez que abrires a boca vai ser para confessar. Tu és culpada, tão culpada que chegaste a ameaçar a minha filha”. E nesse instante a psicóloga volta a mentir. “Como é que podes dizer uma coisa dessas? Nunca faria mal à Maria. Ela é minha sobrinha. E tu és meu irmão. Nós estivemos mais de 20 anos separados e, quando nos reencontrámos, foi o dia mais feliz da minha vida…”, defende-se. “Tu não queres saber de mim! A única coisa que te interessa é a tua vingança doentia contra o Henrique!”, ataca o melhor amigo de David. Ele volta a pedir a Honório que não acredite na irmã. “Eu não sei em quem acredito ou deixo de acreditar, mas uma coisa sei. Isto não são maneiras de fazer as coisas. Se tens suspeitas, chamas a polícia. É para isso que eles existem. E agora, ou soltas imediatamente a rapariga ou sou eu que os chamo”, impõe o idoso, acabando por soltar a vilã, que se sente vitoriosa.
Em “Bem Me Quer”: Artur rapta e tortura Lara - Holofote
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