A lenda do xadrez da Geórgia, Nona Gaprindashvili, entrou com um processo de difamação de cinco milhões de dólares (equivalente a cerca de 4,2 milhões euros) contra a Netflix, alegando que a sua representação na série "Gambito de Dama" era "sexista e depreciativa".
Segundo uma cópia do processo aberto na quinta-feira num tribunal da Califórnia, EUA, Gaprindashvili acusa a Netflix de distorcer as suas conquistas na série e de sugerir falsamente que a ex-campeã mundial feminina nunca jogou xadrez competitivo com homens.
Gaprindashvili, agora com 80 anos, afirma que competiu contra dezenas de jogadores masculinos, vencendo 28 deles.
"A Netflix mentiu descarada e deliberadamente sobre as conquistas de Gaprindashvili", lê-se no processo. "A alegação de que Gaprindashvili 'nunca enfrentou homens' é manifestamente falsa, além de ser grosseiramente sexista e depreciativa. (...) A Netflix descreveu Gaprindashvili como russa, apesar de saber que era georgiana."
Em comunicado, a Netflix garantiu ter "o maior respeito por Gaprindashvili e a sua ilustre carreira, mas acreditamos que essa alegação não tem mérito e defenderemos vigorosamente o caso".
Nascida em 1941 na cidade de Zugdidi, no oeste da Geórgia, Gaprindashvili joga xadrez desde os 13 anos. Venceu o Campeonato Mundial feminino aos 20 anos e defendeu o seu título quatro vezes, antes de o perder para outra georgiana, Maia Chiburdanidze, de 17 anos, em 1978.
Segundo a Netflix, a série "Gambito de Dama" tornou-se a sua "maior série limitada de roteiro de todos os tempos", com 62 milhões de famílias a assistir a minissérie nos primeiros 28 dias.
"Sexista e depreciativo". Lenda do xadrez processa Netflix pela série "Gambito de Dama" - Jornal de Notícias
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