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Quando Carlos Conceição apresentou Serpentário no festival de Berlim — faz agora quase três anos, em Fevereiro de 2019 — disse ao PÚBLICO que quis fazer um filme que não pudesse ter sido feito por mais ninguém. Um filme que fosse seu, profundamente seu, inconfundivelmente seu. A esse respeito, missão cumprida, apesar das referências que vemos por todo o lado — e até podemos, neste momento, pôr em paralelo Serpentário com a obra de Michelangelo Antonioni, que o realizador considera ser uma das presenças tutelares maiores neste projecto. Mas há também muito de Werner Herzog e do seu olhar extático sobre África, de Apichatpong Weerasethakul no modo como o milenar e o hiper-moderno se contaminam.
Convite à viagem - PÚBLICO
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