Já passaram 115 dias desde que Rogério Samora sofreu duas paragens cardiorrespiratórias que o deixaram em coma, primeiro no Hospital Amadora Sintra, e depois transferido para uma unidade de cuidados continuados em Mafra.
O primo, Carlos Samora, não perde a esperança apesar da situação ser muito grave. Samora está sem falar ou comunicar desde que foi internado de urgência no dia 20 de julho. A verdade é que não tem havido qualquer alteração do estado de Samora, 62 anos de idade. "Não há alterações", é a atualização habitual de Carlos Samora.
Ana Moura foi uma das pessoas que assistiu ao momento trágico. A atriz, de apenas 25 anos, que contracenava pela primeira vez com Rogério Samora – em 'Amor Amor', na SIC –, ficou apreensiva mas não arredou pé do local até o colega recuperar o pulso.
A atriz preparava-se para gravar a sua primeira cena do dia, como Tânia Patrícia, quando se deparou com um cenário inesperado. "Quando saí vi tudo o que estava a acontecer à porta da sala de maquilhagem e achei que era o Rogério com mais uma das suas partidas, porque ele às vezes fazia dessas coisas. Mas depois com a reação da Luísa Cruz percebi o que estava a acontecer", recordou no 'Alta Definição', de Daniel Oliveira. "Nunca tinha lidado com isto à minha frente. Eu vi uma pessoa a mudar de cor. Foi aí que todos dissemos: ‘vê o pulso, vê o pulso’ e já não havia pulso. Vi aquilo tudo a acontecer e mantive a calma", continuou.
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O ator está internado há mais de dois meses.Sem saber o que fazer, a atriz, juntamente com o diretor de som da novela e Ricardo Pereira, ficou "sempre do lado dos paramédicos, para dar força", conta a atriz. "Naquela altura tu pensas que tudo energicamente funciona. Falas com alguém, com o universo, com quem que exista lá em cima, tu falas para dentro. Eu fiquei só de lado a pensar: ‘Isto vai dar certo, bora lá. Só saí quando ouvi os paramédicos dizerem: 'temos pulso’", recordou.
Infelizmente, o ator não teve melhoras. Já na unidade de cuidados continuados em Mafra, Rogério Samora teve uma suspeita de pneumonia e voltou a ser internado no Hospital Amadora Sintra, durante alguns dias. O primo Carlos continua a ser o seu principal apoio.
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