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Friday, June 2, 2023

Não se vai a um concerto de Bob Dylan, visita-se uma catedral - Jornal de Notícias

Ícone da música popular dos séculos XX e XXI atua esta sexta-feira no Coliseu do Porto em concerto esgotado. Lisboa recebe-o domingo e segunda-feira, no Campo Pequeno.

Bob Dylan reverbera há demasiado tempo para se falar de um concerto. Será mais um encontro com a história, como visitar uma catedral ou observar um monumento. Pensemos que o homem tinha fãs durante a crise dos mísseis de Cuba, em 1962. Que foi voz icónica do movimento dos direitos civis nos EUA. Que foi visto como traidor desses movimentos. Que continuou a fazer a sua música, alheio ao rótulos que lhe iam pondo e inovando sempre a cada trabalho, durante a queda do Muro de Berlim, durante o 11 de setembro, durante a marosca do subprime, durante a pandemia, e lança hoje, 2 de junho, no dia em que atua no Coliseu do Porto, "Shadow kingdom", o seu 40.º álbum de estúdio, com a guerra na Ucrânia a fumegar no horizonte.

Tudo cabe no peito de Dylan, agora com 82 anos, e com uma voz que o JN descreveu, em 2018, quando se apresentou na Altice Arena, em Lisboa, como "tom roufenho envolvido por uma nuvem de graves que lhe dá ainda mais alcance. A voz estilhaça-se e reconstitui-se, desaba e volta a erguer-se". Muitos levaram a mal a falta de comunicação com o público nesse concerto. Dylan entrou, sentou-se ao piano e cantou. No final, voltou as costas e desapareceu. Nem olá nem adeus.

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