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Tuesday, February 22, 2022

Morreu Mark Lanegan, ícone da música de Seattle - Expresso

O músico norte-americano Mark Lanegan, antigo vocalista dos Screaming Trees e dono de uma longa carreira a solo, morreu hoje aos 57 anos.

A notícia foi dada nas redes sociais do vocalista, revelando-se que Lanegan faleceu em Killarney, na Irlanda, onde vivia, deixando a sua viúva, Shelley.

Nascido no estado norte-americano de Washington em 1964, Mark Lanegan teve uma juventude marcada pela violência e pelo alcoolismo, situações relatadas com pormenor na sua primeira biografia, “Sing Backwards and Weep”. Musicalmente, começou por se destacar enquanto vocalista da banda de Seattle Screaming Trees, acabando também por lançar vários discos a solo, o primeiro dos quais, “The Winding Sheet”, saiu em 1990, pela editora Sub Pop.

Conhecido pela sua voz de barítono e temperamento imprevisível, Mark Lanegan foi amigo próximo de Kurt Cobain, que nele vinha um ídolo. Na sua biografia, Lanegan mostra arrependimento por não ter ajudado Cobain no período que levaria à sua morte; antes de se suicidar, o líder dos Nirvana ter-lhe-á telefonado, não conseguindo falar com o amigo. No mesmo livro, Lanegan conta que, anos mais tarde, seria Courtney Love, viúva de Kurt Cobain, a salvar-lhe a vida, pagando-lhe uma cura de desintoxicação. Na altura, Love explicou que o fazia por respeito à amizade e admiração que o falecido marido sentia por ele.

Da longa lista de colaborações de Mark Lanegan encontram-se trabalhos com os Queens of the Stone Age; Greg Dulli, dos Afghan Whigs (no projeto Gutter Twins e nos Twilight Singers), com a ex-Belle and Sebastian Isobel Campbell e – entre outros – com os portugueses Dead Combo.

Em 2018, o norte-americano participou no derradeiro disco dos Dead Combo, “Odeon Hotel”, juntando-se depois a vários concertos de Tó Trips e Pedro Gonçalves em Portugal, como o espetáculo no festival Paredes de Coura, em 2019.

Recentemente, Tó Trips contou, no podcast da BLITZ, Posto Emissor, que Mark Lanegan chegou a ponderar viver em Portugal, tendo depois optado por mudar-se para a Irlanda, de onde eram os seus antepassados.

Foi na Irlanda que Mark Lanegan contraiu covid-19, doença que o debilitou gravemente. O processo foi narrado pelo próprio em mais um livro, “Devil In a Coma”, lançado em 2021. Nesta obra, o artista contou como a doença o deixou parcialmente surdo e incapaz de andar durante um longo período de tempo.

Em “Sing Backwards and Weep”, biografia que o seu amigo Anthony Bourdain, também já desaparecido, o convenceu a escrever, Mark Lanegan partilhou algumas das mais sórdidas histórias envolvendo o seu vício em heroína, que quase lhe valeu a amputação de um braço, e também em sexo.

Mark Lanegan atuou por diversas ocasiões em Portugal, tendo passado por Porto, Lisboa, Braga e Paredes de Coura.

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