Nuno Machado, o ex-concorrente da Casa dos Segredos que foi combater para a Ucrânia, comunicou, através do Instagram, que estava bem. No domingo, a base militar onde estava Nuno e um grupo de voluntários portugueses tinha sido alvo de um ataque russo.
"Está tudo bem...", escreveu Nuno Machado numa publicação da sua conta de Instagram. A mensagem, ilustrada com uma imagem a preto de branco de um soldado ajoelhado, era acompanhada de uma citação bíblica: "Mil cairão ao seu lado, dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido. Salmo 91".
A mensagem foi publicada ao início desta manhã de segunda-feira, um dia após se temer pela segurança do ex-concorrente do "reality show" da TVI e de mais quatro portugueses que se voluntariaram para combater contra a invasão russa. O JN contactou fonte próxima do grupo que, esta tarde de segunda-feira, continuava sem conseguir contactá-los.
O grupo lusitano estava na base militar de Yavoriv, perto de Lviv, quando esta foi atingida com mais de 30 mísseis russos. O ataque matou pelo menos 35 pessoas e feriu 134.
Os cinco ex-militares portugueses, um dos quais é ucraniano com dupla nacionalidade, partiram de Vila Nova de Gaia para ajudar a combater a invasão russa. Na Polónia, um sexto português juntou-se ao grupo.
Terão chegado a território polaco a meio da última semana, entre quarta e quinta-feira. A viagem até à fronteira, no Leste, contou com o apoio logístico dos voluntários do Seminário Cristo Rei, localizado em Gaia.
No início de março, quando Nuno Machado anunciou que estava a preparar-se para combater, publicou, nas redes sociais, a seguinte mensagem: "Nós não queremos ser tratados como mercenários, entrar num país e fazer o que é preciso ser feito lá. Queremos ser tratados como voluntários, porque levamos o enquadramento legal. Estamos ligados a pessoal aqui da embaixada, com papéis assinados, tudo direito para conseguirmos ir legalmente".
Ao JN, o Ministério dos Negócios Estrangeiros "insiste vivamente em que, dada a situação vivida naquele país, nenhum cidadão português se desloque para a Ucrânia". É ainda sublinhado que "àqueles que ainda assim o façam, roga-se que ao menos sinalizem ao Gabinete de Emergência Consular a sua deslocação àquele país".
Em Gaia, o Seminário Cristo Rei continua a dar acolhimento a refugiados ucranianos que escolhem Portugal como destino. Estão lá instaladas algumas famílias e outras vêm a caminho. Por agora, a lotação permite continuar a aceitar pedidos.
"Está tudo bem", diz combatente português na Ucrânia - Jornal de Notícias
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