A princesa Leonor, herdeira do trono espanhol, entrou formalmente na ribalta ao jurar fidelidade à Constituição no seu 18.º aniversário, nesta terça-feira, apesar dos boicotes de políticos de esquerda e separatistas terem sublinhado as divisões sobre a monarquia.
A cerimónia no Parlamento assinalou a maioridade de Leonor, o que significa que será a sucessora do seu pai, o rei Felipe VI. A princesa, que frequentou a escola no País de Gales e, em Agosto, iniciou três anos de treino militar em Espanha, prometeu defender a lei, respeitar os direitos dos cidadãos e das regiões e ser fiel ao rei.
A maioria dos ministros e líderes regionais assistiram ao seu desfile no Parlamento e ao seu juramento, num espectáculo musical transmitido em directo pela televisão.
Mas os ministros em exercício da Igualdade, dos Direitos Sociais e dos Assuntos do Consumidor — os três da coligação de esquerda Unidas Podemos — recusaram-se a participar, afirmando que um chefe de Estado hereditário e não eleito não é democrático. Os deputados dos movimentos independentistas da Catalunha, do País Basco e da Galiza também não compareceram.
Uma sondagem realizada em 2022 pela Sinaptica revelou que 51,6% dos espanhóis queriam que o país se tornasse uma república, enquanto 34,6% preferiam uma monarquia, embora uma outra sondagem realizada um ano antes mostrasse que 55,3% apoiavam a coroa.
O Centro de Estudos Sociológicos, gerido pelo Estado, deixou de pedir aos cidadãos que classificassem o monarca em 2015, um ano depois de Felipe VI ter subido ao trono na sequência da abdicação do seu pai, Juan Carlos I, vítima de escândalos.
O avô também não esteve presente nesta cerimónia. Juan Carlos deixou Espanha em 2020, no âmbito de investigações sobre alegadas irregularidades financeiras relacionadas com negócios na Arábia Saudita, e vive actualmente em Abu Dhabi.
As investigações foram posteriormente arquivadas devido à insuficiência de provas e ao estatuto de limitações. Juan Carlos recusou-se a comentar as várias alegações de irregularidades.
Os opositores da monarquia consideram ilegítima a coroação de Juan Carlos em 1975, afirmando que ele foi preparado para suceder ao ditador Francisco Franco.
Os defensores da monarquia afirmam que os espanhóis puderam escolher a forma de Estado quando votaram a Constituição de 1978, que consagrou uma monarquia parlamentar que descrevem como simbólica e apolítica.
Há um episódio de Friends em que Chandler Bing fica impedido de agir como Chandler Bing: não pode fazer comentários sarcásticos reactivos. Foi inicialmente transmitido a 7 de Janeiro de 1999 e nele as personagens tentavam executar as suas resoluções para o ano novo. O ano pré-novo milénio, mesmo a meio das dez temporadas da triunfante caminhada de Friends para o domínio mundial da cultura popular. Duas décadas mais tarde, nem todas as resoluções dos seis amigos se mostram certeiras para definir a personagem que ajudou cada um deles a tornarem-se categorias em jogos “qual dos Friends és?”. Mas Chandler Bing a não ser Chandler Bing faísca como um néon, iluminando o significado da sua figura numa série “feel good” e num momento de viragem cultural: a ironia.
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Na emissão do passado dia 26 de outubro da rubrica "5.ª Coluna", do "Jornal Nacional", da TVI, Miguel Sousa Tavares falou sobre a eleição de Marina Machete, mulher trans, como Miss Portugal. Os comentários tornaram-se virais nas redes sociais e foram considerados transfóbicos por vários espectadores.
"O que o júri apreciou foi o resultado de várias operações plásticas que correram bem e tratamentos moleculares ou celulares. Zé Alberto, tu casavas com esta mulher?", questionou o comentador. "Não me comprometas. Não, não, de todo, e tu também não, já percebi", respondeu José Alberto Carvalho.
Na emissão desta segunda-feira, dia 30 de outubro, o jornalista da TVI pediu desculpa pela "atitude irrefletida" que comentou durante a emissão da passada quinta-feira. "A relação de confiança com os cidadãos é um dos requisitos para cumprir a minha profissão. Uma atitude irrefletida que cometi na quinta-feira passada, na última vez que estive neste estúdio, abalou, para algumas pessoas, essa relação de uma forma que não pretendi, que não defendo e que não corresponde ao que sou", começou por frisar.
"Por uma razão importante, estava em causa uma pessoa. Chama-se Marina Machete, a vencedora do concurso Miss Portugal. O sofrimento ou a mágoa de qualquer pessoa deve ser evitado em todas as circunstâncias. Penalizo-me e peço desculpa se algum comportamento meu, ainda que não intencional, possa ter contribuído para isso em relação a ela, à sua família e aos seus amigos. Não o sinto e não o desejo", acrescentou o jornalista.
"Independentemente das escolhas que cada um faz na sua vida, creio convictamente que todas as pessoas devem procurar a sua felicidade. Isso é verdade para a Marina Machete, tal como é verdade para qualquer um e também para mim. Afirmar uma escolha nossa não é, e não deve ser, nem mais nem menos importante do que a escolha feita por outro. Isto é em relação às escolhas", disse José Alberto Carvalho.
No final da emissão, o jornalista adiantou ainda que a rubrica de Miguel Sousa Tavares regressa na próxima quinta-feira: "Quanto à opinião, ela é controversa por definição e na quinta-feira o Miguel Sousa Tavares aqui estará a partilhar a dele".
"Vamos assinalar os 50 anos do 25 de Abril e continuamos a ter muita estrada para fazer e muito caminho para andar. Que tenhamos a humildade de o reconhecer e a coragem para continuar. Viva a liberdade de todos e de cada um", rematou.
O caso da morte de Sara Carreira, de 21 anos, ao final da tarde de 5 de dezembro de 2020, na A1, junto a Santarém, começou a ser julgado na semana passada. Nas primeiras sessões, testemunharam os quatro condutores envolvidos no acidente: a fadista Cristina Branco, Paulo Branco, Ivo Lucas e ainda Tiago Pacheco. O Expresso falou com juristas sobre os crimes em causa e se podem dar origem a penas de prisão.
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Nos dias em que Gilberto Gil escreveu “O Rio de Janeiro continua lindo”, início da canção Aquele abraço (1969), o ambiente político e social no Brasil era feio: ditadura militar, prisões, exílios. Escrita nas vésperas de partir para um exílio forçado em Londres, com Caetano Veloso e as mulheres de ambos, as irmãs Sandra e Dedé Gadelha, foi um misto de adeus e saudação ao Brasil que resistia.
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O passado é presente, para ser resgatado, no Festival Lumière de Lyon. As cinematecas de todo o mundo enviam-lhe “tesouros e curiosidades”, restaurados e digitalizados, para ficar mais completa a memória do mundo. Somos, ali, na Rue do Premier Film, onde os irmãos Lumière filmaramLa Sortie de l’Usine Lumière à Lyonem 1895, os primeiros espectadores. O caso, por exemplo, de um cineasta coreano que, pelo facto de ter trocado o Sul pelo Norte, ficou condenado ao oblívio e viu o seu nome rasurado da narrativa oficial do cinema sul-coreano de forma que só em 1993 se soube que Une Ville Natale (1949), de Yoon Yong-gyu (é esse o seu nome), em que um jovem monge procura a sua mãe, era um filme que existia e não estava perdido — o fait divers é movimentado em volta deste melodrama do país de Bong Joon-ho, Hong Sang-soo ou Park Chan-wook: é que a vedeta feminina também acabaria a trabalhar no regime de Pyongyang que a raptou, até ela conseguir fugir para os EUA.
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Este domingo, e inesperadamente, a SIC voltou a repetir a entrevista de Ivo Lucas, que atualmente está em tribunal por causa da morte de Sara Carreira, no dia 5 de dezembro de 2020.
Apesar de estar atualmente a gravar diversos 'Alta Definição', Daniel Oliveira, voltou a repetir a entrevista onde pela primeira vez o ator falou sobre a namorada e sobre as poucas recordações que tinha do trágico dia.
Ivo Lucas e Joana Aguiar tentam esconder namoro a todo o custo
A entrevista foi para o ar três dias após a audiência do julgamento, no qual Ivo está acusado por homicídio por negligência grosseira e em que tudo aponta que o jovem ator e cantor possa ser condenado.
Talvez por isso muitos fãs do programa da SIC tenham ido para as redes sociais manifestar o seu desagrado com a entrevista. "Daniel, acho que está a dar muito protagonismo ao Ivo Lucas, que infelizmente só ficou mais conhecido pelo público devido ao trágico acidente que vitimou a Sara Carreira", pode ler-se num dos comentários.
Que não se ficam por aqui. "Isto assim não vale. Estamos no meio de um julgamento e isto não é justo para ninguém" escreve outro. "Pelas audiências vale mesmo tudo? Isto é puro aproveitamento do sofrimento alheio para segurar a liderança. Não é ético, é profundamente vergonhoso. Um pouco de noção e respeito não fazia mal", escreve outro internauta mais indignado.
"Ivo Lucas na semana do julgamento. Coincidência? Acho a altura pouco apropriada!"; "É só triste!! Voltar a passar uma entrevista de uma pessoa que o que quer é paz e sossego!! Aproveitarem-se disto!!": "Aproveitamento que era desnecessário! Nem parece coisa do Daniel Oliveira, mas as pessoas mudam…", escrevem os espectadores nas redes sociais do diretor da SIC.
Esteve em dúvida, mas aconteceu: um dia depois de terem cancelado um concerto na sala Lisboa Ao Vivo, com o vocalista Andrew Eldritch a abandonar a sala de ambulância, o concerto dos Sisters of Mercy no Hard Club, no Porto, teve mesmo lugar esta sexta-feira.
No Hard Club, contudo, a banda terá dado um concerto “normal”, a julgar pelo alinhamento de 19 canções, com um encore de três, finalizado, como habitualmente, com ‘This Corrosion’.
Nas redes sociais são vários os fãs a congratularem-se com a mera realização do espetáculo, tendo em conta o sucedido na véspera.
Doctor Jeep / Detonation Boulevard
Don't Drive on Ice
Ribbons
Alice
Summer
Dominion / Mother Russia
I Will Call You
Marian
Eyes of Caligula
We Are the Same, Susanne
More
I Was Wrong
Here
Crash and Burn
On the Beach
When I'm on Fire
Encore:
Lucretia My Reflection
Temple of Love
This Corrosion
A última semana do mês de outubro de 2023 ficou marcada pelo julgamento da morte de Sara Carreira, no Tribunal de Santarém. Várias revelações foram feitas ao longo destes dias, algumas contradições ficaram também patentes e houve sobretudo lugar para muita emoção. Nomeadamente, por parte de Ivo Lucas.
Veja no vídeo acima o balanço desta primeira semana em que se iniciou o julgamento da morte da cantora, filha de Tony Carreira.
Eis o balanço da primeira semana do julgamento da morte de Sara Carreira: "O testemunho de Ivo Lucas é o mais emotivo... Chorava enquanto falava" - SIC Read More
Uma máquina que faz desenhos com a assinatura do conceituado artista Olafur Eliasson; o quadro de Picasso Femme dans un fauteuil (métamorphose) - que recentemente foi vandalizado pelos ativistas da Climáximo-; e as esculturas e desenhos com intuição fálica da exposição temporária Atravessar uma ponte em chamas da belga Berlinde De Bruyckere.
Estas são algumas das obras de arte que a partir desta sexta-feira podem ser vistas no "novo" MAC/CCB. O espaço, com nove mil metros quadrados expositivos, apresenta as peças em depósito da Coleção Holma/Ellipse (arrestada após falência do BPP), Coleção Teixeira de Freitas e da Coleção Berardo. Aliás, esta última foi a temática mais abordada pela comunicação social junto do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva na apresentação do museu à imprensa, ontem. Também o facto de Berardo ter sido, ou não, retirado da lista de convidados para a inauguração do museu, veio à baila. Algo que o ministro refutou indicando que não convidaria alguém que está em litígio com o Estado.
Sobre a coleção do empresário madeirense, Adão e Silva sublinhou a grande incerteza da decisão entre os três bancos credores e Joe Berardo. "Não podíamos não fazer nada. Não sabemos o que vai acontecer e iremos dialogar com o proprietário da coleção na altura da decisão judicial, mas em termos diferentes dos estabelecidos anteriormente". "O dia de amanhã [hoje] marca um novo rumo no CCB e da comemoração dos seus 30 anos", Adão e Silva reforçou a estratégia de se ter no mesmo espaço as artes performativas e o espaço de exposição.
Na conferência de imprensa, o ministro puxou dos galões do governo de António Costa e relembrou o investimento em arte contemporânea nestes últimos cinco anos "na ordem dos 100 milhões de euros" em vários equipamentos museológicos. "Reforço ainda a responsabilidade do museu para agregar fontes de receitas e cimentar o seu papel de diversidade social e cultural e voltar a dispor de verbas, na ordem dos dois milhões de euros, para aquisição , algo que o museu não faz há algum tempo", disse.
O ministro referiu ainda que o espaço do MAC no Chiado, que será alvo de ampliação - o que já foi noticiado, irá ter um perfil complementar a este novo MAC no CCB.
As obras ao dispor do público
Na apresentação estiveram também presentes Elísio Summavielle, presidente do Conselho de Administração da Fundação Centro Cultural de Belém, que em breve deixará o lugar, e Delfim Sardo, administrador do CCB responsável pela programação, que fez as honras da casa e mostrou parte do que os visitantes irão ver a partir desta sexta-feira e que durante sábado e domingo entrada gratuita e ainda uma série de atividades e visitas guiadas.
Já hoje o museu abre as portas às 21h30 com as três novas exposições e uma performance musical de João Pimenta Gomes (sintetizador modular) com a voz da fadista Carminho (22:30) e a atuação do DJ Jonathan Uliel Saldanha (23:00).
Das três exposições a inaugurar, a visita de Delfim Sardo começou pelos desenhos da coleção do empresário brasileiro Teixeira de Freitas: Ouo desenho contínuo. O administrador indicou que o título desta exposição (patente até 10 de março de 2024) é inspirado no título de um livro do Herberto Hélder, Ou o Poema Contínuo, (de 2001), e tem foco na arte da América Latina e do Brasil com forte componente em desenhos. De acordo com informação do MAC/CCB e reforçado por Delfim Sardo durante a visita, a mostra está organizada em oito núcleos: a representação do corpo, a intervenção política, o uso de mapas e esquemas de organização do mundo, a tematização da forma, as referências arquitetónicas, o quotidiano, a escrita como exercício de desenho, e os desenhos que refletem conceptualmente sobre a própria prática". Estão ainda disponíveis as duas exposições permanente: Coleção Berardo: Do Primeiro Modernismo às Novas Vanguardas do Século XX - no piso 2 - com curadoria de Rita Lougares. O percurso da Coleção Berardo inicia-se no Piso 2 do museu com núcleos dedicados às principais vanguardas históricas da primeira metade do século XX, como o cubismo, o dadaísmo ou o surrealismo, apresentados de forma cronológica.
No piso -1 está Objeto, Corpo e Espaço - que expõe uma revisão dos géneros artísticos a partir da década de 1960. As obras selecionadas das coleções em depósito no museu incluem a Coleção Berardo e a Coleção Ellipse, a que se juntam também a Coleção Teixeira de Freitas e a Coleção de Arte Contemporânea do Estado.
Sexo, dor e memória por Berlinde De Bruyckere
Atravessar uma Ponte Chamas é a novidade das exposições do MAC/CCB. A artista belga Berlinde De Bruycker expõe os seus trabalhos nos campos do desenho, da colagem e da instalação em torno das grandes temáticas: a morte, a redenção, o sexo, a dor e a memória. "Inspirada na figura intermediária do anjo, esta exposição propõe uma reflexão sobre a relação com o outro, seja como transcendência, como fisicalidade do toque ou como projeção pessoal. Na sequência das salas da exposição, a artista explora estes temas em obras de diferentes momentos do seu trabalho, olhando para a sua potência erótica e a sua ambiguidade". De referir que esta mostra inclui também um polo no Museu Nacional de Arte Antiga, onde está instalada a obra Liggende - Arcangelo I, 2023.
Ainda antes de se dar a conhecer ao grande público, os espaços do novo MAC/CCB estavam a ser ainda preparados: havia calçada fora do sítio e biombos a impedir a passagem aos mais curiosos na entrada, prateleiras a serem repostas na loja do museu e audiovisual a ser testado. Ensaios e aprumos para aquilo que será o futuro da arte contemporânea no Centro Cultural de Belém.
No universo das entidades controladas por José Berardo, a Associação de Colecções – que o empresário usou agora para exercer a opção de compra das obras adquiridas a meias com o Estado – parece ser uma peça cada vez mais relevante, sendo actualmente detentora dos acervos de um conjunto de museus espalhados pelo país, incluindo os recentes B-Mad, Berardo – Museu de Arte Deco, em Alcântara, Lisboa, e o Museu do Azulejo, em Estremoz, instalado no recuperado edifício do Palácio Tocha daquela localidade alentejana.
Criada em Dezembro de 2005, está registada como associação cultural e recreativa, tendo como actividades secundárias o arrendamento de bens imobiliários e a gestão de jardins zoológicos, jardins botânicos e aquários. A “promoção, divulgação e fomento de colecções constituídas por acervos de obras de arte”, bem como a “promoção da educação, nomeadamente na vertente cultural”, são os seus fins estatutários.
Entre os acervos da Associação de Colecções com exposição pública contam-se os dos museus madeirenses de arte africana e de pedras semipreciosas instalados no Monte Palace, no Funchal, o Bacalhôa Budda Eden, no Bombarral, ou o Aliança Underground Museum, nas adegas da Aliança, em Sangalhos.
A associação detém ainda participações em diversas empresas às quais o empresário está ligado, como a Statuschange, a sociedade imobiliária Matiz ou a Bacalhôa – Vinhos de Portugal. Como outras entidades do universo de Berardo, foi também alvo de várias acções judiciais interpostas pela banca, designadamente pelo BCP, contra o qual corre também um processo movido pela própria Associação de Colecções.
Fonte ligada ao empresário disse ao PÚBLICO que a Associação de Colecções informou já por escrito a Comissão Liquidatária da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Colecção Berardo (FAMC-CB) de que estará disponível para anular o negócio caso venha a ser revertida a extinção da FAMC-CB, que Berardo contestou em tribunal, num processo que aguarda ainda uma resolução final.
Desde o início do ano que os preços dos materiais de construção estão em desaceleração. No entanto, mantêm-se outros fatores que penalizam o preço final das casas que estão a entrar no mercado
Ricardo Ribeiro tem um hobby. Quando não está a fazer desabar a sua enorme voz sobre fados ou a enterrar os olhos em leituras essenciais para o seu canto, gasta as horas a restaurar peças antigas, que os outros já não querem. Restaura – ou reforma, como prefere dizer – peças em madeira. E essa prática, de recuperação de objectos que poderiam ser dados como perdidos, espelha, em grande medida, aquela que é a postura do músico no fado.
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Morreu Richard Roundtree, que se tornou um ícone do cinema "blaxploitation" e cultural na década de 1970.
O ator norte-americano morreu na terça-feira à tarde na sua casa rodeado pela família, vítima de cancro do pâncreas. Tinha 81 anos.
Richard Roundtree será recordado para sempre como o detetive privado John Shaft e o impacto de "Shaft - Máfia em Nova Iorque" (1971), um dos filmes mais emblemáticos do "blaxploitation", subgénero que se popularizou nos EUA nos anos 1970.
Com o "Theme from Shaft", de Isaac Hayes, a vencer um dos mais inconvencionais Óscares de Melhor Canção Original e a tornar-se outro elemento icónico do 'thriller' de ação, a história acompanhava as tentativas de Shaft para resgatar a filha de um líder da máfia negra do Harlem, acabando envolvido numa guerra de gangues.
Popularizando um dos grandes diálogos do género (“Don’t let your mouth get your ass in trouble”), Roundtree foi aclamado como o primeiro herói de ação negro e uma estrela de cinema, mas o impacto extravasou o cinema, tornando-o um ícone cultural, 'sex symbol' e um símbolo do "Black Power" no grande ecrã.
Roundtree e Shaft tiveram um enorme impacto em cineastas e atores, tanto negros como brancos, sendo o mais óbvio a influência do "blaxploitation" em toda a carreira de Quentin Tarantino, com destaque para a saga "Kill Bill" (2003-2004) e principalmente "Django Libertado" (2012), onde a personagem de Kerry Washington se chamava Brunhilde von Shaft e era apresentada como uma antepassada de John Shaft.
"Shaft - Máfia em Nova Iorque" (1971) acabou por ser o primeiro de uma trilogia, com Roundtree a regressar rapidamente para "A Marca de Shaft" (1972) e "Shaft em África" (1973), além de "Shaft" (1973-1974), uma série de sete telefilmes que mereceu mais tarde o seu repúdio.
Houve ainda uma nova versão para o grande ecrã em 2000, com Samuel L. Jackson no papel principal e Roundtree como o seu "Tio" John Shaft, com a dupla a regressar para uma sequela em 2019.
Com uma fotografia do primeiro filme a juntá-los e terminando a citar a letra da canção de Isaac Hayes, Jackson prestou a homenagem nas redes sociais: "Richard Roundtree, o protótipo, o melhor de sempre a fazê-lo! SHAFT, como sabemos, é e sempre será a Sua Criação! A sua morte deixa um buraco profundo não apenas no meu coração, mas tenho certeza que também em muitos dos vossos".
Richard Roundtree a 13 de setembro de 2022
Nascido a 9 de Julho de 1942 em New Rochelle, New Iorque, Roundtree nunca voltou a ter o mesmo impacto, mas a carreira, que começou em 1963 como modelo e a seguir como ator nos palcos, teve mais de 160 créditos em cinema e televisão praticamente até ao fim da vida.
Entre muitos títulos de segunda e terceira linha, destacam-se os filmes "Terramoto" (1974), "Assalto em Telavive" (1975), "Fuga Para Atenas" (1978), "O Jogo dos Abutres" (1979), "Inchon" (1981), "Jovens Guerrilheiros" (1983), "Cidade Ardente" (1984), "Amityville: A Nova Geração" (1993), "Seven - 7 Pecados Mortais" (1995), "George - O Rei da Selva" (1997), "Brick" (2005), "O Que os Homens Querem" (2019) e "Moving On (2022).
No pequeno ecrã, destaca-se outro marco, a aclamada minissérie "Raízes" (1977), além de participações como ator convidado em muitas séries da década de 1980 e 1990, de "O Barco do Amor" a "Crime, Disse Ela", passando por "MacGyver", "Os Jovens Cowboys", "Rua Jump 21", "Beverly Hills 90210", "As Teias da Lei", "O Príncipe de Bel-Air" ou "Dra. Quinn".
O ritmo manteve-se no século XXI, com destaque para vários episódios das séries "Donas de Casa Desesperadas", "Heroes", "Being Mary Jane", "Family Reunion" e, mais recentemente, em "Cherish the Day", de Ava DuVernay.
Jel é o mais recente convidado do Posto Emissor. Em tempo de primeira digressão de ‘stand-up comedy’ a solo (“Excesso de Bagagem”), o artista recorda o epílogo dos Homens da Luta, duo de música de intervenção e agitação social que formou com o irmão, Vasco, e que no início da década passada, no período da ‘troika’, ganhou notoriedade nas ruas, na televisão e até no Festival da Canção, de onde saiu vencedor em 2011.
Contudo, o cansaço levou os irmão a viver “praticamente em ‘burn out’”, afirma Jel no podcast da BLITZ. “Aproveitámos tudo ao máximo, para o deboche. E havia ressonância: as pessoas aderiam, e [era] a luta, a luta e a luta. Mas claro que a utopia elevada ao extremo leva sempre a um beco sem saída, que foi o ponto onde eu e o meu irmão chegámos”, admite. “O meu irmão ainda não voltou à comédia, ele é muito mais engraçado do que eu e sempre foi o gajo engraçado da família, não era eu”.
Ouça a resposta completa a partir dos 37 minutos e 25 segundos:
Jel: “Chegámos a um beco sem saída, em 'burn out'. O meu irmão ainda não voltou à comédia e ele sempre foi o gajo engraçado da família” - Expresso Read More
"Força, meu irmão", começou por escrever o antigo morador da casa mais vigiada do País, que foi expulso pelo público ao fim de duas semanas de competição.
"Não preciso de dizer nada", prosseguiu Fábio Gonçalves, acrescentando um emoji em forma de coração e incentivando os seguidores a optar pela permanência de Diogo Trancoso em competição: "Só para votar ao máximo. Pessoal, o Diogo tem de ficar."
Isto porque, vale a pena lembrar, Diogo Trancoso ainda não pode ser considerado oficialmente concorrente do "Big Brother". O jovem luta contra Sílvia Silva e Anastasiya Bondar por uma das duas vagas disponíveis - o menos votado entre os três deixa o programa no próximo domingo e os restantes dois passam, então, a lutar pelo prémio final.
Solteiro e filho único, o participante do reality show da TVI é descrito como alguém que "sempre esteve ligado ao setor das vendas" e que, "recentemente, decidiu mudar de área". "É barbeiro e ambiciona ter um negócio próprio", pode ler-se.
Considera-se teimoso, mimado e muito vaidoso. Pratica ginásio todos os dias. "Considero-me uma pessoa apta e resistente", afirma Diogo Trancoso, que também jogou futsal federado e gostaria de ser piloto de Fórmula 1. "Tem uma alimentação muito diferente do habitual. Praticamente, só come batatas fritas e sopa feita pela mãe", informa-se no perfil disponibilizado pela TVI.
Veja, agora, na galeria que preparámos para si, os novos participantes do "Big Brother".
Enquanto a decisão do público não é conhecida, Sílvia Silva, Diogo Trancoso e Anastasiya Bondar dão-se a conhecer na casa mais vigiada do País. Cá fora, claro, também o fazem através das redes sociais.
No caso da terceira, a participante do "Big Brother" revela-se muito ativa no Instagram, rede social na qual partilha com frequência imagens da filha, atualmente com sete anos. Nascida na Ucrânia e a viver em Portugal deste os três, Anastasiya Bondar tornou-se mãe a poucos meses de atingir a maioridade.
Mas não é só a faceta da maternidade que a moradora da casa mais vigiada do País mostra na Internet. No Instagram, são também muitos os registos fotográficos em que se pode vislumbrar a faceta mais ousada da jovem, evidenciando as curvas de que é detentora.
"Trabalhou como empregada de mesa em vários locais, mas durante a pandemia decidiu ir para o Dubai, onde esteve quatro anos e onde conheceu o atual marido. Regressou recentemente a Portugal. Admite que uma das maiores dificuldades é estar calada. Considera-se direta, sincera e, por vezes, bruta. Gosta de ser a melhor e não conhece o limite", pode ler-se na apresentação de Anastasiya Bondar.
Veja, agora, na galeria que preparámos para si, as imagens mais escaldantes da nova participante do "Big Brother".
Sofia Vergara foi 'apanhada' esta sexta-feira, 20 de outubro, num encontro com Justin Saliman, médico cirurgião ortopédico, conforme adianta o Page Six.
Os dois foram fotografados a jantar em Beverly Hills, Califórnia. Não se sabe se este era o primeiro encontro da atriz ou se já tinha visto Saliman em outras ocasiões.
Para o jantar, Vergara deslumbrou ao conjugar umas calças em veludo cor de vinho com um corpete bastante sensual que foi a 'estrela' do look.
Vale recordar que Sofia divorciou-se de Joe Manganiello no passado mês de julho, após sete anos de casamento.
Georgina Rodríguez fez questão de marcar presença no treino de Cristianinho no Al Nassr. A namorada de Cristiano Ronaldo levou também os filhos mais novos que acarinharam o irmão quando este chegou junto a eles.
Esta sexta-feira, 20 de outubro, o tema foi comentado no 'Noite das Estrelas' e Maya acabou por questionar Quintino Aires. "Para o Quintino, a Georgina é mãe dos meninos ou é ama paga pelo Cristiano Ronaldo?".
O psicólogo não poupou nas palavras dirigidas a Gio. "Ela é uma mulher paga pelo Cristiano Ronaldo, ponto. É público que tem uma pensão, portanto, é paga. Não é esse pensamento negativo e perverso", começou por afirmar.
"Não falei do valor, tem uma pensão. É paga. Isso é independente da forma saudável como ela os educa e orienta", ressalvou.
Só este ano já foi Amadeo de Souza-Cardoso, participou no aclamado díptico "Viver Mal"/"Mal Viver", de João Canijo, e integrou o elenco da série-fenómeno "Rabo de Peixe", da Netflix. E há outros papéis a caminho, diz Rafael Morais em entrevista ao SAPO Mag. Mas para já, é tempo de falar de Jonas, um desafio singular num currículo que conta também com o já distante "Amor de Perdição" (2008), de Mário Barroso, ou séries como a espanhola "White Lines" ou a portuguesa "Glória", outras apostas no streaming.
A sua personagem em "Pátria", o novo filme de Bruno Gascon, que chegou às salas esta semana, abraça ideais de extrema-direita e atravessa-se no caminho do protagonista, Mário (Tomás Alves), no retrato de um Portugal distópico dominado por um regime totalitário. Apesar de ser um exercício ficcional, qualquer semelhança com a realidade não será pura coincidência...
SAPO Mag - O que mais o entusiasmou nesta personagem? Rafael Morais - Tive ali um momento de debate a ponderar se aceitaria ou não pelo único motivo de que achei que era perigoso. E depois percebi que o facto de ser uma personagem perigosa de retratar enquanto ator é um motivo para a fazer. Não temos muito o hábito deste cinema mais de género em Portugal e isso entusiasma-me.
Como se preparou para uma interpretar uma das figuras mais extremas do seu percurso?
Tive receio que se tornasse naquele cliché do vilão que estamos habituados a ver nos filmes de James Bond e nos filmes da Marvel. Não tinha interesse nenhum em fazer isso. E, portanto, para me preparar para criar uma personagem humana, que para mim será a prioridade, queria criar um indivíduo com muito trauma e muita insegurança, medo, o mais real possível. E para isso achei essencial criar todo um passado para a personagem, costumo fazer isso em quase todas as personagens. Apesar de não fazer parte da ação do filme, queria ter uma história de infância dele, do pai não estar presente, da mãe se prostituir para justificar um bocado o passado - de onde é que ele vem, onde é que ele vai chegar, onde chega, e o facto de ser como é, tão explosivo, tão brilhante, tão agressivo. Vi muitos documentários sobre o nazismo, muitos discursos do Hitler... Muitos, muitos discursos do Hitler. Mas hoje em dia ligas a televisão e vês este tipo de pessoas que acredita nestas ideologias em todo o lado: redes sociais, internet, televisão, amigos de amigos...
créditos: Leandro Gomes
Que desafios foram surgindo durante a rodagem?
O que eu "exigi" ao Bruno, ou pedi ao Bruno, foi que ele me desse o máximo de liberdade possível. Porque acho que esta personagem não é de todo racional, ou é muito pouco racional. E achei que para mim, como ator, seria essencial ter esse tipo de liberdade de poder mudar de take para take assim que sentisse que a cena estivesse a estagnar ou a repetir-se. E adorei fazer isso, criar intimidade também com o resto do set, especialmente com a Iris [Cayatte], que interpreta a minha namorada, Hanna. E poder também sentir a liberdade de improvisar e seguir a minha intuição no meio da cena sem passar qualquer tipo de linha de respeito para com ela. Gostei imenso disso e foi um desafio, na verdade foi um desafio estar no set e estar, pura e simplesmente, no momento, no presente, sem qualquer tipo de pensamento de olhar para este lado, olhar para aquele, fazer isto desta forma ou da outra. Apenas viver a cena. E deixar-me contagiar e reagir pelos outros atores, pelos décors, por tudo.
Este não é, como referiu, um género de filme que vejamos muito no cinema português. Sentiu essa diferença?
Senti ao início, mas entrei rapidamente dentro do universo da história do filme, até porque filmámos durante a pandemia e tivemos muito tempo fechados dentro dos décors, com os atores, o que eu acho que ajudou imenso. Foi uma coisa positiva que veio de uma coisa negativa. Inicialmente estranhei, mas depois facilmente percebi a linguagem do filme e a maneira como o Bruno estava a filmar e a retratar esta história. Acho que entrei facilmente dentro deste universo.
Como foi trabalhar com Bruno Gascon face a experiências com outros realizadores?
Acho que os realizadores são todos muito diferentes uns dos outros. Acho que uma das coisas que me fascina e sempre fascinou em ser ator é precisamente cruzar-me e trabalhar com realizadores e atores muito diferentes uns dos outros. Sou uma pessoa que não lida muito bem com a rotina e, portanto, isso fascina-me imenso. E o Bruno foi interessante. Aliás, nós voltámos a colaborar recentemente. Fizemos uma série que se chama "Irreversível", que vai estrear-se brevemente [na RTP]. Foi uma relação saudável e, mais do que tudo, produtiva. Acho que há diálogo e comunicação entre os dois, percebemo-nos um ao outro e ouvimo-nos um ao outro. Acho isso super importante, ires criando estas tuas famílias enquanto ator e conseguires dialogar quase sem intervalos. Ele tem um olhar e tu percebes que é mais por aqui, mais por ali. Foi interessante, acho que o Bruno e a Joana [Domingues, produtora] são um "power couple" que se mexem muito bem, mesmo a nível de promoção, organização e produção do próprio filme, que é raro em Portugal. A maneira como eles conseguem apoios, como eles conseguem orquestrar esta equipa toda. Espero voltar a trabalhar com ele, acho que está também a amadurecer cada vez mais.
Costuma estar envolvido em vários projetos. Quais tem em curso nos próximos tempos, além de "Irreversível"?
Agora tenho um projeto, uma longa-metragem para o início do próximo ano. Uma coprodução francesa, da qual não posso falar muito ainda porque não gosto muito de falar antes das coisas estarem divulgadas. E estou também a desenvolver, a coescrever e a correalizar um projeto com um realizador português do qual também não posso falar muito ainda. Vai ser muito interessante, vamos filmar em Paris. E pronto, é isso. Tenho algumas coisas para estrearem e estou à espera que a greve nos Estados Unidos acabe para voltar a bombar nas self-tapes e trabalhar lá fora. É uma coisa que ainda quero manter.
Que razões apontaria para ver "Pátria", em especial no cinema?
É um filme que foi escrito com o intuito de entreter mas também de provocar. Ficaria muito contente se ambas acontecessem, se as pessoas se entretivessem a ver. Porque tem momentos de ação, tem momentos de romance, tem toques mais de filme de género e ao mesmo tempo é uma temática que espero que provoque, que crie uma discussão. Acho que é importante no cinema experienciar isso. E vai haver reações interessantes por parte do público.